O analista e politólogo Ricardo Raboco criticou publicamente os recentes pronunciamentos do porta-voz da Autoridade Tributária, na sequência das declarações feitas por uma sua colega sobre o uso abusivo do passaporte diplomático e o não pagamento de direitos aduaneiros por parte de alguns dirigentes.
Segundo Raboco, as respostas dadas pelo porta-voz são vazias de conteúdo e não esclarecem de forma concreta as preocupações levantadas. Para o analista, os pronunciamentos não apresentam medidas claras nem explicações consistentes, limitando-se a discursos genéricos que pouco contribuem para a transparência institucional.
O politólogo considera ainda que a situação evidencia uma desarticulação interna dentro da própria Autoridade Tributária, uma vez que as declarações públicas feitas por diferentes responsáveis parecem não seguir uma linha comum de comunicação e posicionamento.
Para Ricardo Raboco, num contexto em que a sociedade exige maior rigor, transparência e responsabilidade por parte das instituições públicas, este tipo de comunicação fragiliza a confiança dos cidadãos e levanta dúvidas sobre a capacidade da entidade em lidar com assuntos sensíveis ligados à legalidade e ética na função pública.
As declarações do analista surgem num momento em que o debate sobre privilégios, isenções e o cumprimento das obrigações fiscais por parte de dirigentes públicos ganha cada vez mais espaço no debate público nacional.

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