A empreitada foi adjudicada à empresa Giluba-Lin, que será responsável pela elaboração do projecto, requalificação do edifício e exploração das actividades museológicas e hoteleiras. O concurso será realizado em duas etapas, envolvendo a recuperação arquitectónica e a implementação do modelo de gestão do futuro espaço.
Construída em 1934 e ampliada em 1950, a Vila Algarve é classificada como Imóvel de Interesse Arquitectónico, destacando-se pelo seu estilo neomanuelino e pelos painéis de azulejos que decoram a fachada. Durante o regime colonial português, o edifício foi ocupado pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), onde foram detidos e interrogados vários combatentes da luta de libertação nacional.
Nos últimos anos, o edifício permaneceu abandonado e em ruínas, tendo sido por vezes ocupado por pessoas em situação de sem-abrigo. Actualmente, todas as suas entradas estão entaipadas para evitar novas invasões e actos de vandalismo.
Segundo o Ministério dos Combatentes, a transformação da Vila Algarve em museu-hotel tem como objectivo “preservar a memória histórica e simultaneamente criar um espaço cultural e turístico sustentável”, conciliando a homenagem aos heróis da luta com o desenvolvimento económico e turístico da capital moçambicana.
O futuro Museu-Hotel Vila Algarve deverá incluir salas de exposição permanente e temporária, espaços de memória dedicados aos antigos combatentes e áreas de hospedagem e restauração, integradas no conceito de turismo histórico e patrimonial.
Ainda não foram avançadas datas para o início das obras nem o valor total do investimento, mas a iniciativa é vista como um passo importante na valorização do património histórico e cultural de Maputo.

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