MÉRCIA CASTELA DIZ QUE AS PESSOAS APROXIMAM-SE DELA POR INTERESSE

 

Na entrevista feita durante o programa “Inspirações”, na TVM, a deputada mais jovem da Assembleia da Republica (AR), Mércia Castela, falou de vários assuntos sobre a sua vida.

Falando de sua infancia a deputada revelou que quando criança apreciava as brincadeiras masculinas como jogar futebol e brincar de lutas.

“Gostava de brincadeiras masculinas, nao me enquadrava em brincadeiras femininas principalmente brincar com bonecas, tenho medo de bonecas”, revelou.

Mércia falou ainda das razões para gostar das brincadeiras masculinas, esta assumiu que sentia-se incomodada quando estivesse com as meninas, porque a maior parte das suas brincadeiras é vestuário que trajavam não se adequavam a si.

“Eu me sentia incomodada, porque as meninas brincavam de trançar-se umas às outras, amarrar capulanas ou usar vestidos e essas são coisas que eu não podia fazer, o que fez com que tivesse mais intimidades com os meninos do que com as meninas”, explicou.

“Nunca tive uma amiga”, acrescentou.

Sobre jogar futebol, Mércia admite que não a tornou menos menina que as outras, mas que sim a tornou um exemplo porque naquela época era raro ver meninas aderirem a este desporto e o mesmo era adequado para si, por ser praticado com os pés.

“Acredito que inspirado a sociedade quando jogava, raramente se viam meninas a jogarem futebol naquele época, quando frequentava a 8 até 10 classe, fui vice campeã da minha escola.

Para além de futebol, a deputada revelou que ao longo dos tempos, desenvolveu outras capacidades e também anda de “Skate”.

Sobre as vantagens da prática do desporto, Mércia afirma ter sido conhecido mais pessoas para além do seu ciclo habitual, de referir, que na sua maioria do sexo masculino.

“Nao sinto falta de amizades femininas, os livros me satisfazem quanto a questão de sentar e conversar com alguma amiga”, destacou.

A deputada revelou ainda não confiar nas pessoas, porque estas sempre que se aproximam dela é por curiosidade e interesse em quer saber como ela é, e isso a deixa triste.

Neste sentido, Mércia afirma que gostava de ser tratada como um ser humano normal e que as pessoas se aproximassem dela sem nenhum interesse em querer saber como ela é, defendendo a igualdade de direitos.

“As pessoas chegam até mim com o interesse de saber como eu sou, por nao ter membros superiores, mesmo que a pessoa nao demonstre eu percebo e acabo me limitando, as pessoas nao respeitam a igualdade de direitos e as pessoas com deficiencia nao devem ser tratadas de forma diferente, pois é essa diferença que torna de facto a pessoa diferente”, desabafou.

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